Todo mundo acredita que o melhor comunicador é aquele que fala bem. Mas não. O bom comunicador vai muito além de falar bem. Pesquisas e estudos comprovam que o bom comunicador é aquele que, acima de tudo, também sabe ouvir o outro. Ouvir com paciência, com tolerância, mostrar que você está compreendendo o outro, respeitando o que ele diz, mesmo que o que ele diz não reflita seus pensamentos e opiniões. E o primeiro passo para atender às expectativas de quem fala, é justamente prestar atenção no que ela está te dizendo.
Um exemplo: na hora de fazer uma venda, por exemplo. Você só vai conseguir atingir a cabeça e o coração do cliente se souber exatamente o que ele quer. Ele – figura única – com um único rg, única vivência, únicos problemas.
Entenda bem: os problemas até podem ser de todos, da comunidade, do bairro. Mas, para atingir o coração da pessoa e para que ela se sinta contemplada, é preciso ouvir aquilo como se o problema fosse seu. Porque, antes de resolver para o bairro, para a cidade, para o país, você vai resolver o problema de uma pessoa.
Só que, pra isso, a gente esbarra num problema macro dos dias de hoje: a falta de tempo, disseminada como a falta de paciência e de atenção.
Estudiosos de harvard fizeram uma pesquisa para avaliar o tempo de atenção das pessoas com a tecnologia e o crescimento da internet, especialmente das redes sociais. E o resultado é trágico: há dez anos conseguíamos, em média, ouvir alguém com atenção por 10 minutos. Hoje, esse tempo não chega a um minuto – 59 segundos pra ser exato! E o celular é um dos nossos maiores inimigos.
Então, tá provado que a gente tá mesmo sem atenção. Mas, quem não tem atenção, não consegue ouvir o outro. E, consequentemente, não consegue ser um bom comunicador.